COLONIZAÇÕES DESCABIDAS

Publicada por Correia Duarte | Etiquetas: | Posted On at 11:14

21. Novembro.17
PALAVRAS DO PAPA, HOJE, EM ROMA

(a propósito da atitude firme do velho Eliázer que pagou com a vida a sua fidelidade aos valores e à religião dos seus pais, narrada na 1.ª leitura da Missa.)
RESPEITAR AS DIFERENÇAS, SEM NOS DEIXARMOS CONDUZIR PELOS QUE QUEREM FAZER TUDO IGUAL E DO MESMO VALOR, MESMO O QUE ESTÁ CONTRA A LEI NATURAL E EM DESACORDO COM A PALAVRA DE DEUS.

Cidade do Vaticano (RV) - A colonização cultural ou ideológica não tolera as diferenças e torna tudo igual, terminando por perseguir também os cristãos. Foi o que sublinhou o Papa Francisco na homilia da missa matutina na Casa Santa Marta, refletindo sobre o martírio de Eleazar, narrado no livro dos Macabeus e proposto na primeira leitura.
O Papa Francisco relevou que existem três tipos diferentes de perseguição: uma perseguição apenas religiosa, outra político-religiosa, por exemplo a ‘Guerra dos 30 anos’ ou a ‘noite de São Bartolomeu’; e uma terceira perseguição, puramente “cultural”, quando chega “uma nova cultura que quer fazer tudo novo e fazer uma ‘limpeza’ nas tradições, na história e também na religião de um povo”.
Este último tipo de perseguição é aquela em que se encontra Eleazar, condenado a morrer por fidelidade a Deus.
O relato desta perseguição cultural – observa o Papa – começou ontem, quando alguns, ao ver o poder e a beleza magnífica de Antíoco Epífanes, pensaram em fazer uma aliança para serem "modernos". Assim, umas pessoas do povo tomaram a iniciativa e foram até o rei, que “lhes deu a possibilidade de introduzir instituições pagãs chegadas das outras nações”.
Não as ideias ou os deuses, mas instituições – frisa Francisco. Portanto, este povo que havia crescido em torno da Lei do Senhor, faz entrar ‘novas instituições’, uma nova cultura que faz uma ‘limpeza’ de tudo: cultura, religião, lei, tudo”.
Trata-se de uma verdadeira colonização ideológica que quer impor ao povo de Israel este ‘hábito único’ que alguns aceitaram porque parecia ser uma coisa boa. O povo então começou a viver de um modo diferente.
Surgem porém algumas resistências para defender “as boas tradições do povo”, como aquela de Eleazar que era um homem digno, muito respeitado, e o Livro dos Macabeus narra a história destes mártires, destes heróis.
Assim, tem continuidade uma perseguição surgida por uma colonização ideológica que destrói, “faz tudo igual, não é capaz de tolerar as diferenças”.
A palavra-chave que o Papa evidencia é precisamente “raiz perversa”, isto é, Antíoco Epifanes.
Tira-se, portanto, a raiz do povo de Israel e se faz entrar esta raiz perversa para fazê-la crescer no povo de Deus, “com o poder”, estes hábitos “novos, pagãos mundanos”:
“E este é o caminho das colonizações culturais que acabam por perseguir também os fiéis. Mas não devemos ir muito longe para ver alguns exemplo: pensemos aos genocidas do século passado, que era uma coisa cultural, nova: “Todos iguais e estes que não têm o sangue puro, fora, e estes..”. Todos iguais, não há lugar para as diferenças, não há lugar para os outros, não há lugar para Deus. É a raiz perversa. Diante destas colonizações culturais que nasces da perversidade de uma raiz ideológica, Eleazar, ele mesmo, se faz raiz”.
E o Papa observa que Eleazar morre pensando nos jovens, para lhes deixar um nobre exemplo. Assim, Eleazar “o mártir, aquele que dá a vida, por amor a Deus e à lei, se faz raiz para o futuro”.
Diante daquela raiz perversa, portanto, “existe esta outra raiz que dá a vida para fazer crescer o futuro”.
O Papa observa que aquilo que veio do reino de Antíoco, era uma novidade e que as novidades não são todas más, basta pensar no Evangelho, em Jesus, que é uma novidade, mas é preciso saber distinguir.
“É preciso discernir as novidades. Esta novidade é do Senhor, vem do Espírito Santo, vem da raiz de Deus ou esta novidade vem de uma raiz perversa?
Antes, sim, era pecado, não se podia matar as crianças; mas, hoje, pode, não tem tanto problema, é uma novidade perversa. Ontem, as diferenças eram claras, como Deus fez. A criação era respeitada; mas hoje, somos um pouco modernos... você faz, você entende..., as coisas não são tão diferentes e se faz uma mistura de coisas.”
A novidade de Deus, ao invés, “nunca faz uma negociação”, mas faz crescer e olha o futuro:
“As colonizações ideológicas e culturais somente olham o presente, renegam o passado e não olham o futuro. Vivem no momento, não no tempo, e por isso não podem nos prometer nada. Com esse comportamento de fazer todos iguais e cancelar as diferenças, cometem, fazem o pecado feito da blasfêmia contra o Deus criador.
Toda a vez que chega uma colonização cultural e ideológica se peca contra Deus criador, porque se quer mudar a Criação como Ele a criou. E contra esse fato que ao longo da história aconteceu muitas vezes, existe somente um remédio: o testemunho, ou seja, o martírio”.
Eleazar dá um testemunho da vida pensando na herança que dará com o seu exemplo: “Eu vivo assim. Sim, dialogo com aqueles que pensam diferente, mas o meu testemunho é assim, segundo a lei de Deus”.
Eleazar não pensou em deixar dinheiro ou outra coisa, mas pensou no futuro, “na herança do próprio testemunho”, ao testemunho que teria sido “para os jovens uma promessa de fecundidade”. Portanto, se cria raiz para dar vida aos outros. E o Papa concluiu, desejando que o seu exemplo “nos ajude nos momentos talvez de confusão, diante das colonizações culturais e espirituais que nos são propostas”.
(CM/JE/MJ)

NOTA MINHA: Nesta mensagem cabem todas estas "novidades" introduzidas na nossa sociedade que não estão de acordo com as Palavras de Deus, com a Lei Natural e com a doutrina perene da Igreja: aborto, igualdade de género, casamento de homo-sexuais, uniões de facto, etc. etc

Comments:

There are 0 comentários for COLONIZAÇÕES DESCABIDAS

Enviar um comentário