PALAVRAS DE DEUS (Domingo IX do Tempo Comum - ano C)

Publicada por Correia Duarte | Etiquetas: | Posted On at 14:31

ANO C
9.º DOMINGO DO TEMPO COMUM



LEITURA I - 1 Reis 8, 41-43
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Naqueles dias,
Salomão fez no templo a seguinte oração:
«Quando um estrangeiro,
embora não pertença ao vosso povo, Israel,
vier aqui dum país distante por causa do vosso nome
- pois ouvirão falar do vosso grande nome,
da vossa mão poderosa e do vosso braço estendido -,
quando vier orar neste templo,
escutai-o do alto do Céu, onde habitais,
e atendei os seus pedidos,
a fim de que todos os povos da terra
conheçam o vosso nome
e Vos temam como o vosso povo, Israel,
e saibam que o vosso nome é invocado
neste templo que eu edifiquei».

SALMO RESPONSORIAL - Salmo 116 (117), 1.2
Refrão:
Ide por todo o mundo,
anunciai a boa nova.
Louvai o Senhor, todas as nações,
aclamai-O, todos os povos.
É firme a sua misericórdia para connosco,
a fidelidade do Senhor permanece para sempre
.

LEITURA II - Gal 1, 1-2.6-10
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas
Irmãos:
Paulo, apóstolo,
não da parte dos homens, nem por intermédio de um homem,
mas por mandato de Jesus Cristo
e de Deus Pai, que O ressuscitou dos mortos,
e todos os irmãos que estão comigo,
às Igrejas da Galácia:
Surpreende-me que tão depressa tenhais abandonado
Aquele que vos chamou pela graça de Cristo,
para passar a outro evangelho.
Não que haja outro evangelho;
mas há pessoas que vos perturbam
e pretendem mudar o Evangelho de Cristo.
Mas se alguém
- ainda que fosse eu próprio ou um Anjo do Céu -
vos anunciar um evangelho diferente
daquele que nós vos anunciamos,
seja anátema.
Como já vo-lo dissemos, volto a dizê-lo:
Se alguém vos anunciar um evangelho diferente
daquele que recebestes,
seja anátema.
Estarei eu agora a captar o favor dos homens
ou o de Deus?
Acaso procuro agradar aos homens?
Se eu ainda pretendesse agradar aos homens,
não seria servo de Cristo.

ALELUIA - Jo 3, 16
Aleluia. Aleluia.
Deus amou tanto o mundo
que lhe deu o seu Filho unigénito;
quem acredita n’Ele tem a vida eterna.

EVANGELHO - Lc 7, 1-10
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo,
quando Jesus acabou de falar ao povo,
entrou em Cafarnaum.
Um centurião tinha um servo a quem estimava muito
e que estava doente, quase a morrer.
Tendo ouvido falar de Jesus,
enviou-Lhe alguns anciãos dos judeus
para Lhe pedir que fosse salvar aquele servo.
Quando chegaram à presença de Jesus,
os anciãos suplicaram-Lhe insistentemente:
«Ele é digno de que lho concedas,
pois estima a nossa gente
e foi ele que nos construiu a sinagoga».
Jesus acompanhou-os.
Já não estava longe da casa,
quando o centurião Lhe mandou dizer por uns amigos:
«Não Te incomodes, Senhor,
pois não mereço que entres em minha casa,
nem me julguei digno de ir ter contigo.
Mas diz uma palavra e o meu servo será curado.
Porque também eu, que sou um subalterno,
tenho soldados sob as minhas ordens.
Digo a um: ‘Vai’ e ele vai,
e a outro: ‘Vem’ e ele vem,
e ao meu servo: ‘Faz isto’ e ele faz».
Ao ouvir estas palavras,
Jesus sentiu admiração por ele
e, voltando-se para a multidão que O seguia, exclamou:
«Digo-vos que nem mesmo em Israel
encontrei tão grande fé».
Ao regressarem a casa,
os enviados encontraram o servo de perfeita saúde.

R E F L E X Ã O

1.----- Neste 9.º domingo do tempo comum, o Evangelho apresenta-nos a figura de um centurião romano que se dirige a Jesus para que salve o seu servo, que estava muito doente. É impressionante este relato em que o centurião, amigo dos judeus pois até lhes construiu a sinagoga, pede a alguns anciãos dos judeus para interceder junto de Jesus pela cura do servo a quem muito estimava. E quando Jesus se dirige para a sua casa, manda alguns amigos dizer para não entrar, pois basta-lhe a sua palavra para que aconteça a cura.
2.-------Temos aqui uma relação muito estreita e concreta entre a fé e a palavra de Jesus, que se enche de admiração pela fé deste homem a ponto de dizer que nem em Israel encontrou tão grande fé. E tudo na infinita misericórdia e compaixão de Jesus para com o servo e o seu senhor. Este centurião, homem de grande fé, para mais estrangeiro à raça de Israel e aos seus cultos, aponta-nos o sentido da nossa fé, sempre em profunda intimidade com a Palavra e na atenção dedicada a quem precisa do nosso amor.
3.--------«Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo»: são as palavras do centurião que dizemos antes de comungarmos em cada Eucaristia que celebramos.
É profundamente eucarístico este encontro entre o centurião que acredita sem mais em Jesus, sem o ver, e a palavra de Jesus, proclamada também sem ver o centurião. A Eucaristia, celebrada, adorada e quotidianamente vivida, não é mais do que um encontro como este.
4.--------Às vezes pergunto-me se nós, cristãos de hoje, que andamos enfarinhados nas coisas de Deus, nas liturgias bem aprumadas e em longas orações, assumimos a causa de Deus na liturgia quotidiana da nossa vida. Pergunto-me se basta a Palavra para a fé, ou ainda procuramos outros sinais que podem parecer importantes mas não essenciais. Pergunto-me se andamos no único Evangelho que conta, o de Jesus Cristo, ou navegamos noutros evangelhos; assim nos provoca Paulo na segunda leitura. Pergunto-me se habitamos e conhecemos o nome de Deus e lhe oramos com plena escuta do nosso ser ou entretemo-nos com outros nomes e repetidas orações que apenas passam pelo ouvido; assim nos interpela a primeira leitura.
5.------Toda a liturgia deste domingo nos coloca nesta centralidade em Jesus que a todos se dá, sem excepção e sem olhar a quem, exigindo a adesão plena à sua Pessoa a quem o quiser seguir como discípulo missionário.
Uma adesão de fé centrada no amor misericordioso de Deus em Jesus Cristo, que há três dias celebrámos na Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo e que na próxima semana vamos intensamente viver na Solenidade do Sagrado Coração
.
FONTE: Padres Dehonianos (adaptado)

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