mensagem de um pároco

Publicada por Correia Duarte | Etiquetas: | Posted On at 04:10

A PASTORAL
Esta palavra que actualmente anda na boca de toda a gente, significa o conjunto de actividades que se realizam em ordem ao desenvolvimento de um determinado sector da Igreja e com um fim mais ou menos determinado.
Por isso a pastoral pode considerar-se em relação à idade das pessoas e surge a pastoral das crianças, dos jovens, dos adultos e dos idosos. Pode ter como objectivo, grupos próprios e torna-se evidente a catequese, o grupo de jovens, a família, os doentes, os deficientes, etc. Lembramos ainda outros objectivos a atingir pela pastoral, como as vocações sacerdotais, religiosas ou familiares, os sacramentos e os ministérios.
A pastoral deve ser organizada a nível universal, isto é para toda a Igreja, apontando um programa mais ou menos aplicável a todas as situações; a nível diocesano, estuda-do previamente e apresentado pelo Conselho de Pastoral; a nível arciprestal, uma vez que o arciprestado tem como razão de existir simplesmente a pastoral daquela zona,l e ainda a nível paroquial.
Ora é precisamente a pastoral paroquial que mais directamente nos diz respeito e que deve provocar a nossa acção.
Evidentemente, que uma paróquia, para crescer e efectuar a sua acção evangelizadora, tem necessariamente de criar o Conselho de Pastoral, para que, através dele, o pároco, principal responsável, possa verificar o estado moral e religioso da comunidade.
Não podemos contentar-nos com uma Pastoral de manutenção, isto é, de conservar os grupos e agentes que sempre existiram.
Se a vida política, económica e social foi objecto de uma evolução, talvez nem sempre a mais desejável para alguns, a prática religiosa e a vida moral, vividas pelas mesmas pessoas, foram necessariamente afectadas.
Sendo assim, torna-se urgente que as paróquias sejam repensadas à luz destas mudanças, não para haver uma adaptação total a essas mesmas mudanças, mas para que saibamos descobrir novos métodos, novos agentes de renovação, novas energias.
Todos conhecemos o ditado: ―Para grandes males, grandes remédios.
O sacerdote, hoje, embora continue a ser o mais responsável da comunidade, não será mais do que a cabeça que pensa e que inteligentemente, iluminado pelo Espírito Santo, convida aquelas pessoas de boa vontade e que julga mais capazes e com alguma disponibilidade, para, em nome da Igreja, levarem a mensagem salvadora aos vários ambientes.
E porquê?
Em primeiro lugar, porque um grande número de cristãos deixaram de ser praticantes, embora digam que acreditam. Não ouvem, pois, a PALAVRA de DEUS nem os conselhos do sacerdote. Por isso, é necessá-rio que haja alguém que leve à família ou ao grupo de amigos ou companheiros de trabalho esta palavra que é luz na vida de cada um. É precisamente este um trabalho pastoral indispensável.
Em segundo lugar, em virtude do laicismo e da indiferença religiosa instalados em todos ambientes, nós católicos praticantes e convictos temos de fazer ouvir a voz da Igreja em toda a parte, desde os lugares mais elevados da sociedade até aos mais humildes.
Não podemos passar indiferentes perante a situação das famílias preparadas sem moralidade, sem espírito cristão e atraídas por uma felicidade efémera e fictícia que tem como base o bem estar, um ordenado mensal e até o prazer.
Temos de estar atentos a todos aqueles que não ganham o suficiente para viver, quer tenham culpa, quer não tenham. A caridade ou solidariedade tem de ultrapassar a culpa. Quem ajuda receberá recompensa. Alguém afirmava: "Dêmos com os olhos fechados e os ouvidos tapados".
Mas, em especial, não podemos passar indiferentes perante tantos e tantas que, leva-dos pelo respeito humano, esqueceram o caminho que tantas vezes pisaram e que tinha como termo a casa onde se tornaram cristãos, sob a responsabilidade dos pais e padrinhos e que hoje pelo seu comportamento apelidam de mentirosos.
O respeito humano é semelhante a uma deficiência física.
É pois necessário dar as mãos a todos aqueles que são vítimas desta doença.
O homem sem o auxílio de Deus não encontrará a Verdade total.
E quero terminar, com este apelo:
Todas as pessoas de boa vontade que se sentem disponíveis para trabalhar em qualquer sector da Pastoral, apareçam, pois a Igreja reconhece que precisa de pessoas que rezem e que exerçam actividade nos vários sectores.
Pe. Martins

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