Publicada por Correia Duarte | Etiquetas: Domingo a Domingo... | Posted On at 14:23
II DOMINGO DE PÁSCOA – Ano A
23 de Abril de
2017
-Domingo da Divina Misericórdia
Leitura
dos Actos dos Apóstolos
Os irmãos eram
assíduos ao ensino dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à fracção do pão e às
orações. Perante os inumeráveis prodígios e milagres realizados pelos
Apóstolos, toda a gente se enchia de terror. Todos os que haviam abraçado a fé
viviam unidos e tinham tudo em comum. Vendiam propriedades e bens e distribuíam
o dinheiro por todos, conforme as necessidades de cada um. Todos os dias frequentavam
o templo, como se tivessem uma só alma, e partiam o pão em suas casas; tomavam
o alimento com alegria e simplicidade de coração, louvando a Deus e gozando da
simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava todos os dias o número dos que
deviam salvar-se.
Palavra do Senhor.
SALMO
RESPONSORIAL – Salmo 117 (118)
Refrão: Dai graças ao
Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua
misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua
misericórdia.
Diga a casa de Aarão:
é eterna a sua
misericórdia.
Digam os que temem o
Senhor:
é eterna a sua
misericórdia.
Empurraram me para
cair,
mas o Senhor me
amparou.
O Senhor é a minha
fortaleza e a minha glória,
foi Ele o meu
Salvador.
Gritos de júbilo e de
vitória nas tendas dos justos:
a mão do Senhor fez
prodígios.
A pedra que os
construtores rejeitaram
tornou se pedra
angular.
Tudo isto veio do
Senhor:
é admirável aos nossos
olhos.
Este é o dia que o
Senhor fez:
exultemos e cantemos
de alegria.
LEITURA
II – 1 Ped 1,3-9
Leitura da Primeira Epístola de São
Pedro
Bendito seja Deus, Pai
de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, na sua grande misericórdia, nos fez
renascer, pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos, para uma
esperança viva, para uma herança que não se corrompe, nem se mancha, nem
desaparece, reservada nos Céus para vós que pelo poder de Deus sois guardados,
mediante a fé, para a salvação que se vai revelar nos últimos tempos. Isto vos
enche de alegria, embora vos seja preciso ainda, por pouco tempo, passar por
diversas provações, para que a prova a que é submetida a vossa fé – muito mais
preciosa que o ouro perecível, que se prova pelo fogo – seja digna de louvor,
glória e honra, quando Jesus Cristo Se manifestar. Sem O terdes visto, vós O
amais; sem O ver ainda, acreditais n’Ele. E isto é para vós fonte de uma
alegria inefável e gloriosa, porque conseguis o fim da vossa fé, a salvação das
vossas almas.
Palavra do Senhor.
EVANGELHO
– Jo 20,19-31
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo São João
Na tarde daquele dia,
o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se
encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou Se no meio deles e disse-lhes:
«A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou lhes as mãos e o lado. Os
discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse lhes de
novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a
vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse- lhes: «Recebei o Espírito Santo:
àqueles a quem perdoardes os pecados ser lhes serão perdoados; e àqueles a quem
os retiverdes serão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com
eles quando veio Jesus. Disseram lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor».
Mas ele respondeu- lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não
meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito
dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio
Jesus, estando as portas fechadas, apresentou Se no meio deles e disse: «A paz
esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas
mãos; aproxima a tua mão e mete a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas
crente». Tomé respondeu Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» Disse lhe Jesus: «Porque
Me viste, acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros
milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos
neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o
Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.
Palavra da Salvação.
REFLEXÃO
A liturgia deste
domingo apresenta-nos essa comunidade de gente renovada e crente que nasce da
cruz e da ressurreição de Jesus: a Igreja. Vivenciando a misericórdia de Deus,
dada por Jesus aos seus Apóstolos que O tinham negado e abandonado, e recebendo
essa misericórdia divina das mãos de Jesus para a fazerem chegar a todos os
pecadores, a Igreja está no mundo para anunciar a ressurreição de Jesus, viver
a certeza e a alegria da Sua presença, e pôr ao dispor de todas as pessoas
pecadoras a bondade e a Misericórdia de Deus, merecida por Jesus com a Sua
Morte e a Sua Ressurreição.
Na
primeira leitura temos, na “fotografia” da primeira
comunidade cristã de Jerusalém, os traços da comunidade ideal, como Jesus a
quer: É uma comunidade fraterna, preocupada em conhecer Jesus e a sua proposta
de salvação, que se reúne para louvar o seu Senhor na oração e na Eucaristia,
que vive na partilha, na doação e no serviço, e que testemunha – com gestos
concretos – a salvação que Jesus veio propor aos homens e ao mundo.
Na
segunda leitura S. Pedro recorda-nos que somos membros
da comunidade cristã pelo Baptismo, e convida-nos a percorrer a vida com
esperança (apesar das dificuldades, dos sofrimentos e da hostilidade do
“mundo”), de olhos postos nesse horizonte da nossa salvação definitiva. A nossa
caminhada pela história pode ser uma experiência de sofrimento, de provações, até
de perseguições, mas é sempre animada com a certeza de que Jesus está vivo,
presente na nossa vida, em cada momento, sempre com a esperança da esperança da
salvação no horizonte.
No
Evangelho sobressai a ideia de que Jesus
vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à volta d’Ele que a
comunidade cristã se anima e fortalece, para viver na Fé e na Esperança, e para
receber os Seus Dons.
1.--- Os Apóstolos já
tinham visto que o túmulo estava vazio; algumas mulheres já lhes tinham dito
que o tinham visto; mas eles não acreditaram. Só quando se reuniram no Cenáculo
da Eucaristia, na tarde do Domingo de Páscoa, é que o Senhor veio ter com eles,
e a sua Fé ficou firmada.
2. ---O Apóstolo Tomé,
como não estava reunido na comunidade, não pôde ver Jesus e não acreditou nos
outros. Jesus não lhe apareceu a ele, sozinho, quando andava por fora. Mas,
oito dias depois – Domingo, o dia do Senhor em que se celebra a Eucaristia em
memória da Sua Páscoa – ele estava presente, e então, só então, é que ele
conseguiu ver Jesus e matar a sua descrença.
3.---Também nós, os
discípulos de Jesus de agora, só podemos experimentar e saborear a presença de
Jesus no meio de nós, se nos reunirmos à volta do altar, com a comunidade dos
crentes. Bem precisamos de lembrar isto, a essa enorme multidão de cristãos
que, por descuido, desmazelo ou desinteresse, andam hoje afastados da
Eucaristia de cada Domingo e afastados da comunidade de Jesus que se reúne
semanalmente para celebrar a festa de Jesus e saborear a Sua presença. Desleixados
da Eucaristia e afastados da comunidade, é a nossa Fé que se apaga, é a nossa
Fé que morre.
4.---Os Apóstolos
reunidos receberam naquele dia, como dons do Espírito Santo que Jesus lhes
comunicou impondo as mãos sobre eles, a Paz, a Alegria, o Perdão, e a
Misericórdia. O mesmo recebemos nós, agora, sempre que nos aproximamos de Jesus
nos Santos Sacramentos da Eucaristia e da Confissão.
5.---Então, para
seguirmos Jesus de perto, e vivermos na paz do coração, acolhamos agradecidos a
Sua Misericórdia, não faltemos na Santa Eucaristia, confessemo-nos com
frequência dos nossos pecados, digamos a todos que só no nome de Jesus há
perdão e salvação, vivamos unidos na Fé e no Amor, e prestemos toda a atenção a
quem precisa de nós.
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