PALAVRAS DE DEUS (25º Domingo Comum - ano A)

Publicada por Correia Duarte | Etiquetas: | Posted On at 09:26

– 25º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A
---24 de Setembro de 2017---



LEITURA I – Is 55,6-9
Leitura do Livro de Isaías
Procurai o Senhor, enquanto se pode encontrar, invocai-O, enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho e o homem perverso os seus pensamentos. Converta-se ao Senhor, que terá compaixão dele, ao nosso Deus, que é generoso em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos são os meus – oráculo do Senhor –Tanto quanto o céu está acima da terra, assim os meus caminhos estão acima dos vossos e acima dos vossos estão os meus pensamentos.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 144 (145)
Refrão: O Senhor está perto de quantos O invocam.
Quero bendizer-Vos, dia após dia,
e louvar o vosso nome para sempre.
Grande é o Senhor e digno de todo o louvor,
insondável é a sua grandeza.

O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
O Senhor é bom para com todos
e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas.

O Senhor e justo em todos os seus caminhos
e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade.

LEITURA II – Filip 1,20c-24.27a
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
Irmãos:
Cristo será glorificado no meu corpo, quer eu viva quer eu morra. Porque, para mim, viver é Cristo e morrer é lucro. Mas, se viver neste corpo mortal é útil para o meu trabalho, não sei o que escolher. Sinto-me constrangido por este dilema: desejaria partir e estar com Cristo, que seria muito melhor; mas é mais necessário para vós que eu permaneça neste corpo mortal. Procurai somente viver de maneira digna do Evangelho de Cristo.
Palavra do Senhor.
 EVANGELHO – Mt 20,1-16a
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a um proprietário, que saiu muito cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha. Ajustou com eles um denário por dia e mandou-os para a sua vinha. Saiu a meio da manhã, viu outros que estavam na praça ociosos e disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha e dar-vos-ei o que for justo’. E eles foram. Voltou a sair, por volta do meio-dia e pelas três horas da tarde, e fez o mesmo. Saindo ao cair da tarde, encontrou ainda outros que estavam parados e disse-lhes: ‘Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’ Eles responderam-lhe: ‘Ninguém nos contratou’. Ele disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha’. Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao capataz: «Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, a começar pelos últimos e a acabar nos primeiros’. Vieram os do entardecer e receberam um denário cada um. Quando vieram os primeiros, julgaram que iam receber mais, mas receberam também um denário cada um. Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo: ‘Estes últimos trabalharam só uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o peso do dia e o calor’. Mas o proprietário respondeu a um deles: ‘Amigo, em nada te prejudico. Não foi um denário que ajustaste comigo? Leva o que é teu e segue o teu caminho. Eu quero dar a este último tanto como a ti. Não me será permitido fazer o que eu quero do que é meu? Ou serão maus os teus olhos porque eu sou bom?’ Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos».
Palavra da Salvação.
REFLEXÃO:
Introdução: Por estes dias, começam em todo o país as actividades de catequese de crianças e de jovens. Milhares de rapazes e de raparigas, de homens e de senhoras, de norte a sul, respondendo ao convite de Jesus, vão dedicar grande parte do seu tempo a ajudar as crianças e os jovens a conhecerem e a amarem Jesus. Como Jesus gosta deles! Como a Igreja lhes agradece!
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A liturgia do 25º Domingo do Tempo Comum convida-nos a descobrir quem é Deus e quais são os Seus desejos, e pede-nos que estejamos sempre disponíveis para trabalhar na vinha do Senhor, pondo o nosso tempo, os nossos dons, as nossas qualidades, a nossa vida, ao serviço da Fé e da causa da Salvação.

1.--- A primeira leitura pede aos crentes que voltem para Deus. “Voltar para Deus” é um movimento que exige de nós uma transformação radical, de forma a que os nossos pensamentos e acções estejam de acordo com as perspectivas e os valores de Deus. As perspectivas de Deus funcionam numa lógica de amor, de serviço, de partilha, de doação, e geram alegria, paz verdadeira, vida definitiva. Se não estivermos em sintonia com Deus, corremos o risco de viver dominados pelo egoísmo, pelo orgulho, e pelas vaidades dos mundanos, mas isso só traz pecado, desilusão e morte. Se formos orgulhosos e vaidosos, não vivemos na lógica de Deus, julgamo-nos melhores do que outros, e até exigimos de Deus a paga de tudo o que vamos fazendo, só Ele sabe com que intenção: se calhar, apenas por vaidade; se calhar, apenas para ficarmos satisfeitos connosco próprios.  Procurando-nos a nós, e não a Ele. Pensando nos nossos interesses, e não nos d’Ele.
2.----A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de um grande cristão (Paulo) que abraçou, de forma exemplar, a lógica de Deus. Renunciou aos seus interesses pessoais e aos esquemas de egoísmo e de comodismo, e colocou no centro da sua existência Cristo, os seus valores, o seu projecto. Estando preso por falar de Jesus, não sabia se saía da prisão vivo ou morto mas, para ele, isso não era importante; o que era importante era que Cristo fosse engrandecido – fosse através da sua vida, fosse através da sua morte. Por Cristo, estava disposto a tudo. Tanto a viver, como a morrer. O que Deus achasse que era melhor. E o conselho que ele deixava a todos, era este: - “Esforçai-vos todos por viver de maneira digna do Evangelho de Jesus”.

3.----O Evangelho diz-nos que Deus chama à salvação todas as pessoas, sem considerar a sua antiguidade na fé, os seus créditos, ou as suas qualidades. E diz-nos também que Deus nos convida a todos a trabalhar na Sua vinha. E o que Ele avalia e recompensa é a forma como acolhemos o Seu convite para O seguirmos, e o Seu chamamento para o serviço na Sua vinha, seja a que hora for, seja em que momento for, ou seja, se, o que fazemos, o fazemos por amor, ou o fazemos por interesse ou por vaidade. A vinha do Senhor é a nossa família, a nossa paróquia, a nossa escola, o nosso lugar de trabalho. Adultos, jovens ou crianças, sãos ou doentes, temos todos o dever de semear, de plantar, de cultivar e de tratar essas vinhas de Deus: com a palavra, com o exemplo, com a oração, com o sofrimento. Perto e longe de nós, há inúmeras pessoas que não conhecem nem amam Jesus, desconhecem a Sua mensagem, e andam desviados do caminho da salvação. É nosso dever olhar por elas. E fazer tudo para as aproximar de Jesus, o único Salvador de todos.

4.--- Deus não é um contabilista, sempre de lápis na mão a fazer as contas dos homens para lhes pagar conforme os seus merecimentos; mas é um pai, cheio de bondade, que ama todos os seus filhos por igual e que derrama sobre todos, sem excepção, o seu amor. Quem aceita o seu convite e o seu chamamento, não deve estar a pensar em recompensas ou pagas neste mundo, mas em dar gosto e alegria a Deus, e em conseguir a felicidade verdadeira e eterna. Acolhamos todos o convite que Deus nos faz. Trabalhemos todos na vinha do Senhor. Com humildade, com alegria e com amor. Amen.


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